O mercado brasileiro demonstrou resiliência na quarta-feira, operando em alta mesmo diante do pessimismo internacional. O Ibovespa subiu 0,55%, fechando aos 144.872 pontos, impulsionado por dados corporativos positivos e pela força das commodities.
O dólar interrompeu a sequência de quatro quedas consecutivas, com leve alta de 0,14%, cotado a R$ 5,397, enquanto os juros futuros (DIs) recuaram em quase toda a curva.
A valorização das ações da Vale, Petrobras e WEG compensou o clima negativo vindo do exterior, mostrando que a força corporativa doméstica continua sendo um ponto de sustentação do mercado brasileiro.
Cenário Internacional – Bolsas em queda com tensão EUA-China e sanções à Rússia
Os mercados globais encerraram o dia em modo cautela, pressionados por novas tensões geopolíticas e sinais mistos da economia americana.
Em Nova York, os principais índices fecharam em baixa:
- Dow Jones: -0,71%
- S&P 500: -0,53%
- IMA-B 5+: +0,5893%
- IMA-B: +0,3918%
- IMA-B 5: +0,1422%
- IRF-M: +0,1558%
- IRF-M 1: +0,0636%
- IMA-B 5+: +0,5893%
- IMA-B: +0,3918%
- IMA-B 5: +0,1422%
- IRF-M: +0,1558%
- IRF-M 1: +0,0636%
- Nasdaq: -0,93%
Ibovespa sobe na contramão global com Vale e Petrobras; juros futuros recuam
Os mercados globais encerraram o dia em modo cautela, pressionados por novas tensões geopolíticas e sinais mistos da economia americana.
Em Nova York, os principais índices fecharam em baixa:
- Dow Jones: -0,71%
- S&P 500: -0,53%
- Nasdaq: -0,93%A aversão ao risco foi reacendida após a Reuters divulgar que a Casa Branca estuda impor restrições à exportação de softwares dos EUA para a China, ampliando o receio de retaliações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.Ao mesmo tempo, o petróleo voltou a ser destaque, com o Brent disparando mais de 5%, após os EUA anunciarem sanções contra petrolíferas russas, o que elevou os temores sobre a oferta global de energia e sustentou o rali das commodities.
O ouro também avançou, refletindo o aumento da busca por segurança.Na agenda diplomática, o vice-premiê chinês deve se reunir com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, durante a cúpula da ASEAN, na Malásia, a partir desta quinta-feira. O encontro é visto como uma tentativa de reaproximação comercial entre os dois países.Enquanto isso, a paralisação parcial do governo americano, que já dura 23 dias, continua no radar, mas líderes no Congresso indicam expectativa de solução até o fim do mês.
Na Europa, o BCE reforçou um tom cauteloso, e os juros dos Treasuries voltaram a subir levemente, com o dólar se fortalecendo frente a outras moedas, sustentado pela alta do petróleo e pela fraqueza do iene japonês.Cenário Doméstico – Vale e Petrobras puxam o índice; WEG e bancos fortalecem o otimismo
No Brasil, o Ibovespa subiu 0,55%, aos 144.872 pontos, acumulando queda de 0,93% em outubro, mas mantendo alta de 20,44% no ano.
A alta foi impulsionada por resultados corporativos sólidos e pela performance das commodities:
- Vale (VALE3): +1,78%, após divulgar dados de produção acima das expectativas, com o minério de ferro em alta na China.
- Petrobras (PETR4): +1,15%, favorecida pela alta do petróleo e pela autorização para perfuração na Foz do Amazonas.
- WEG (WEGE3): +0,88%, após divulgar balanço do 3º trimestre com lucro crescente e margens sólidas.
- Itaú Unibanco (ITUB4): +0,82% e Banco do Brasil (BBAS3): +0,73% também ajudaram a sustentar o índice.
Na ponta oposta, Ambev (ABEV3) caiu 1,23%, e o Assaí (ASAI3) desabou 7,08%, após um rebaixamento de recomendação de analistas, que projetam um cenário mais competitivo no varejo alimentar.
Apesar do otimismo corporativo, o quadro fiscal segue no radar. O Senado aprovou um projeto que retira até R$ 30 bilhões em investimentos militares do teto de gastos e da meta fiscal, o que foi lido como flexibilização do arcabouço fiscal e pode aumentar o prêmio de risco.
Além disso, o presidente Lula confirmou sua intenção de disputar um quarto mandato em 2026 e voltou a criticar o protecionismo internacional, defendendo o comércio em moedas locais.
Juros – DIs recuam em quase toda a curva com inflação controlada
Os juros futuros fecharam em queda em praticamente toda a curva, refletindo o alívio nas expectativas de inflação e a percepção de que o Banco Central poderá manter a Selic estável por mais tempo.
O DI1F35 caiu 0,055 ponto percentual, acompanhando a melhora no humor dos investidores.
O movimento foi reforçado pela visão de que o IBC-Br fraco e a inflação controlada na ponta permitem que o BC adote uma postura mais paciente.Para os RPPS, a queda nos DIs longos é positiva, pois eleva o valor de mercado dos títulos atrelados à inflação (NTN-Bs) e favorece a marcação a mercado das carteiras.
Desempenho dos principais índices de renda fixa:
- IMA-B 5+: +0,5893%
- IMA-B: +0,3918%
- IMA-B 5: +0,1422%
- IRF-M: +0,1558%
- IRF-M 1: +0,0636%
Câmbio – Dólar volta a subir levemente após quatro quedas
O dólar comercial fechou com alta de 0,14%, cotado a R$ 5,397, interrompendo a sequência de quedas.
O movimento foi um ajuste técnico, com investidores aproveitando o preço mais baixo da moeda americana para recompor posições, especialmente diante do ambiente externo mais cauteloso.
O índice DXY subiu 0,01%, reforçando a estabilidade global do dólar.
E Agora? – CMN, mercado de trabalho dos EUA e balanços no radar
A quinta-feira será marcada por eventos relevantes, tanto no Brasil quanto no exterior.
Internamente, o destaque é a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que deve tratar de diretrizes fiscais e metas de inflação.Nos Estados Unidos, atenção para os Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego, que podem indicar a força do mercado de trabalho, além de discursos de membros do FOMC.
A temporada de balanços também segue intensa, com novos resultados de grandes empresas americanas.Agenda do Dia – Quinta-feira (23/10)
- 09h00: Reunião do CMN – Brasil
- 09h30: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego – EUA
- 11h00: Discurso de Bowman (FOMC) – EUA
- 11h25: Discurso de Barr (vice-presidente de Supervisão do Fed) – EUA
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