MORNING NEWS

Ibovespa hoje quebra novos recordes e chega aos 164 mil pontos, com Vale e bancos

Índices nos EUA terminam mistos, com maior rotação entre os setores

Qual o limite? Para o Ibovespa, não há limites. Hoje, foi uma saraivada de marcas. Ontem, o índice quase bateu no 162 mil. Hoje, não se fez de rogado e ultrapassou não só os 162 mil, como os 163 mil e os 164 mil. Bateu em inéditos 164.550,77 pontos, maior patamar da história, que ultrapassou o maior patamar de todos os tempos anterior, alcançado justamente ontem, que havia sido de 161.963,49 pontos. Realmente, não há limites.

O índice fechou hoje com alta de 1,67%, aos 164.455,61 pontos, um ganho de 2.708,36 pontos, o que também configura o maior patamar de fechamento da história, superando o patamar atingido ontem, de 161.755,18 pontos.

O dólar comercial voltou a recuar frente ao real, com curtos 0,04%, a R$ 5,310. Os DIs (juros futuros) caíram por toda a curva.

PIB avança pouco no 3T25

O bom momento hoje ganhou um aliado: o PIB brasileiro no 3T25 desacelerou, subiu apenas 0,1% e mostrou que a política monetária altamente restritiva do Banco Central está fazendo seu trabalho. A economia nacional claramente desacelerou. Mas houve um desempenho desigual, o que sugere que o BC pode de fato cortar a Selic já em janeiro.

“Na comparação com terceiro trimestre de 2024, houve moderada surpresa altista, com crescimento [do PIB] de 1,8%, ano contra ano, enquanto a projeção da XP era de 1,6% e a mediana de mercado tinha uma projeção de 1,7%. Isso ocorreu devido a revisões altistas na série histórica de dados, especialmente no PIB da agropecuária, em que houve mudança para cima no resultado do setor primário no primeiro semestre deste ano e mudança de peso relativo”, afirmou Rodolfo Margato, economista da XP.

“O PIB trouxe uma economia de lado. Tem desaceleração na economia total, mas essa desaceleração é vista em alguns setores e em outros não”, destacou Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital. “E é esse sinal misto que chama atenção. Isso trouxe dúvidas sobre em que grau a economia está desacelerando”.

Wall Street

Em Wall Street, o dia foi mais morno, com os principais índices terminando sem amplitude, mas no negativo dessa vez. Os investidores estão rotacionando os setores e o índice de small caps de lá, o Russell 2000, ficou em alta.

O dinheiro também está sendo esticado para outros mercados, como o brasileiro, o que explica em parte o fôlego sem limites do Ibovespa.

Vale, Petrobras, bancos e frigoríficos sobem

Hoje, como um triatleta, um iron man, o índice buscou excelência em várias frentes e limites foram deixados para trás – se é que eles existem. Vale (VALE3) mais uma vez acelerou, como ontem, e ganhou 1,74%, acima dos R$ 70.

A Petrobras (PETR4) seguiu a alta do petróleo internacional e ganhou 0,65%, em dia de leilão no pré-sal realizado nesta quinta. A questão é se a estatal teve apetite ou cautela no certame de hoje, saber quais foram os limites da companhia.

Sem limites também demonstra ser Magazine Luiza (MGLU3) nos últimos dias, com mais uma alta de hoje, agora de 3,65%, bem acima dos R$ 11. Por outro lado, Lojas Renner (LREN3) caiu 2,72%.

Do lado dos bancos, ganhos robustos e o Ibovespa agradece. BB (BBAS3) subiu 1,74%, Bradesco (BBDC4) ganhou 1,42%; Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 2,46% e Santander (SANB11) valorizou 1,02%.

Os frigoríficos igualmente avançaram com fome: Minerva (BEEF3) ganhou 1,62% e MBRF (MBRF3) subiu 4,42%. O debate entre investidores tem se concentrado em um possível ponto de inflexão no ciclo global do frango.

A semana chega ao fim com o Ibovespa com ganhos fortes. Qual o limite ninguém sabe, mas que ninguém duvide de mais nada, afinal estão programados para sair o PIB europeu do 3T25 e a medida de inflação preferida do Federal Reserve, o PCE, sobre consumo pessoal. (Fernando Augusto Lopes)

 

Como se comportaram os principais índices:

  • IMA-B 5+: +0,3628%
  • IMA-B: +0,2341%
  • IMA-B 5: +0,0680%
  • IRF-M: +0,1528%
  • IRF-M 1: +0,0635%

 

Confira a evolução do IBOV durante a semana, mês e ano:

  • Segunda-feira (1º): -0,29%
  • Terça-feira (2): +1,56%
  • Quarta-feira (3): +0,41%
  • Quinta-feira (4): +1,68%
  • Semana: +3,36%
  • Dezembro: +3,36%
  • 4T25: +11,65%
  • 2025: +35,03%

 

Taxas dos DIs caem sob impacto do PIB e de leilão de títulos do Tesouro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% no terceiro trimestre do ano

As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em baixa, reagindo ao crescimento da economia brasileira menor que o esperado no terceiro trimestre e ao leilão de títulos prefixados realizado pelo Tesouro pela manhã.

A taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 12,73% no fim da tarde, em baixa de 5 pontos-base ante o ajuste de 12,783% da sessão anterior. Na ponta longa da curva a termo, a taxa para janeiro de 2035 marcava 13,01%, em queda de 5 pontos-base ante o ajuste de 13,057%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% no terceiro trimestre do ano, ante previsão de alta de 0,2% dos economistas ouvidos pela Reuters.

O resultado mostra uma desaceleração do crescimento, que foi de 1,5% no primeiro trimestre do ano e de 0,3% no segundo. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o crescimento de julho a setembro foi de 1,8%, acima da expectativa de 1,7%.

Na avaliação de Lauro Sawamura Kubo, gestor de fundos de investimento da Patagônia Capital, a desaceleração do PIB “abre mais espaço ainda para poder ter queda de juros”.

Em reação, as taxas dos DIs cederam desde cedo, em movimento intensificado no meio da manhã pelo leilão de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e de Notas do Tesouro Nacional-Série F (NTN-F), ambos os títulos prefixados.

Dois profissionais ouvidos pela Reuters chamaram atenção para o fato de o Tesouro ter ofertado na operação desta quinta-feira somente 10,5 milhões de títulos — considerando LTN e NTN-F –, bem menos que os 28 milhões de títulos da quinta-feira passada.

“Com a menor oferta de título, o preço unitário do título vai para cima, o que coloca as taxas para baixo”, comentou Jonathan Joo Lee, head da mesa de câmbio e internacional da Mirae Asset Brasil.

Perto das 10h30, após a divulgação da oferta menor de títulos pelo Tesouro, as taxas dos DIs de vários vencimentos bateram as mínimas do dia. Neste horário, a taxa do DI para janeiro de 2028 atingiu a mínima de 12,685%, em baixa de 10 pontos-base ante o ajuste anterior.

No leilão, realizado entre 11h e 11h30, o Tesouro vendeu 7,210 milhões de LTN e 2,5 milhões de NTN-F.

No restante da sessão, as taxas dos DIs recuperaram um pouco da força, com alguns investidores realizando lucros, mas ainda assim elas encerraram o dia no território negativo.

A expectativa de corte da Selic — hoje em 15% ao ano — em janeiro também permaneceu entre os agentes. A curva precificava nesta quinta-feira mais de 80% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da Selic em janeiro, contra 78% no fim da quarta-feira.

O recuo das taxas dos DIs ocorreu a despeito de, no exterior, os rendimentos dos Treasuries sustentarem ganhos firmes, ainda que os investidores sigam apostando em um corte de juros nos Estados Unidos na próxima semana.

Os títulos norte-americanos precificavam no fim da tarde 87% de probabilidade de corte de 25 pontos-base dos juros pelo Federal Reserve na semana que vem, contra 13% de chance de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%, conforme a Ferramenta CME FedWatch.

No mercado brasileiro, a visão é de que o corte de juros nos EUA na próxima semana, se confirmado, aumentará as chances de o Banco Central iniciar de fato o ciclo de reduções da Selic em janeiro.

Às 16h35, o rendimento do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — subia 5 pontos-base, a 4,108%.

  • Dólar comercial fecha com queda de 0,04%
  • O dólar tem a terceira queda seguida diante do real. O movimento vai na direção oposta da divisa norte-americana no resto do planeta, que na comparação com as principais moedas do mundo fez o índice DXY ficar com mais 0,13%, aos 98,98 pontos.
  • Venda: R$ 5,310
  • Compra: R$ 5,310
  • Mínima: R$ 5,288
  • Máxima: R$ 5,316

    Principais índices em Nova York fecham dia de forma mista.

    Investidores em Wall Street puseram o pé no freio nesta quinta, rotacionando os setores, com o Russell 2000, de small caps, sendo mais beneficiado. “Os mercados tiveram um bom desempenho no acumulado do ano, com força na segunda quinzena de novembro, e acho que não me surpreenderia ver os mercados simplesmente se movimentarem lateralmente a partir de agora”, disse à CNBC Tim Holland, diretor de investimentos da Orion. “A grande notícia é o corte de 25 pontos-base na taxa de juros, mas isso já era esperado, então ficaria chocado se não acontecesse. O mercado espera por isso. Portanto, talvez depois de 11 meses excelentes e alguma volatilidade recente, estejamos apenas aguardando o fim do ano, e então veremos como 2026 começa”.

  • Dow Jones: -0,07%
  • S&P 500: +0,11%
  • Nasdaq: +0,22%

Agenda dos indicadores que movimentam as bolsas nesta Sexta-feira (05/12/2025)

📌 Confira a agenda de Indicadores

  • 🇧🇷 08:00 – IGP-DI
  • 🇧🇷 09:00 – IPP
  • 🇺🇸 12:00 – Núcleo do Índice de Preços PCE
  • 🇺🇸 12:00 – Índice de Preços PCE

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