A Super Quarta do Copom terminou com mais um recorde histórico: o Ibovespa saltou 1,72%, a 153.294 pontos, rompendo em sequência as marcas de 151k, 152k e 153k e emplacando a 11ª alta consecutiva. O dólar caiu 0,70% (R$ 5,361), as bolsas em NY avançaram e os DIs finalmente voltaram a cair em toda a curva.
Embora o Copom tenha mantido a Selic em 15% (decisão amplamente esperada), o rali foi turbinado por alívio no tema tarifas no exterior (debate na Suprema Corte dos EUA e sinalizações de suspensão parcial de tarifas pela China) e por balanços fortes de companhias locais.
Olhar Global – Wall Street sobe com alívio tarifário e recuperação de tech; olhar nos Treasuries
Os índices em Nova York fecharam em alta: Dow +0,48% | S&P 500 +0,37% | Nasdaq +0,65%.
O fôlego veio do debate na Suprema Corte dos EUA sobre tarifas impostas durante o governo Trump (o mercado enxerga chance de revisão de restrições) e da recuperação de semicondutores e Big Techs. Dos dados, vieram leituras positivas de serviços e trabalho nos EUA.
Apesar do otimismo em ações, os Treasuries voltaram a subir: o 10y rondou 4,15%, e cresceu a aposta de manutenção dos juros do Fed em dezembro. No pano de fundo político, Trump sugeriu shutdown prolongado e disse não pretender ir ao G20.
Na Ásia, a sinalização de suspensão de tarifas por Pequim ajudou emergentes; na Europa, o dia é do BoE (decisão de juros e fala de Bailey).
Ibovespa – Vale e Petrobras puxam; C&A dispara e Odontoprev corrige
O Ibovespa cravou +1,72% (novo recorde). No mês, soma +2,51%; no ano, +27,44%.
- Vale (VALE3): +1,72%, mesmo com minério em baixa.
- Petrobras (PETR4): +1,98%; ajuda adicional veio do provimento do STJ em ação de R$ 2,9 bi; balanço sai após o fechamento de hoje.
- Itaú (ITUB4): +0,43%, após 3T25 estável em rentabilidade.
- C&A (CEAB3): +8,51%, com balanço robusto.
- Odontoprev (ODPV3): -8,29%, após números abaixo do esperado.
Ibovespa no mês: +2,51% | no ano: +27,44%
Juros – Curva fecha em toda a extensão; duration respira
Os DIs caíram em toda a curva; o DI1F35 recuou 0,085 pp. O movimento reflete:
- decisão sem surpresas do Copom;
- fluxo para risco com bolsa em máximas;
- alívio externo com debate tarifário e sinais da China.
Índices de Renda Fixa (dia):
- IMA-B 5+: +0,2766%
- IMA-B: +0,1583%
- IMA-B 5: +0,0083%
- IRF-M: -0,1454%
- IRF-M 1: +0,0596%
Para RPPS, o fechamento dos juros melhora a marcação a mercado de NTN-Bs longas e papéis indexados à inflação.
Câmbio – Dólar cede com apetite a risco
O dólar caiu 0,70%, a R$ 5,361 (DXY levemente negativo), refletindo apetite por risco doméstico e fluxo estrangeiro. A percepção de que o Copom não endureceu além do esperado também ajudou.
E agora? – Comunicado do Copom, Petrobras e BoE no radar
Quinta de digestão: o mercado destrincha o comunicado do Copom (pistas para as próximas reuniões), monitora fala de dirigentes do Fed e aguarda Petrobras (após o fechamento). Lá fora, decisão do BoE e coletiva de Bailey.
Catalisadores de curto prazo:
- Tom do Copom sobre horizonte de desinflação e balanço de riscos;
- Balanços remanescentes no Brasil;
- Tarifa EUA–China e shutdown nos EUA;
- Trajetória dos Treasuries perto de 4,15%.
Agenda do dia – Quinta-feira (06/11)
- 09:00 – Decisão de juros (BoE) – Reino Unido
- 09:30 – Pronunciamento de Bailey (BoE) – Reino Unido
- 13:00 – Discursos de Williams e Barr (Fed) – EUA
- 15:00 – Balança Comercial (Out) – Brasil
- 17:30 – Discurso de Waller (Fed) – EUA
- Após o fechamento – Petrobras: resultados 3T25 – Brasil
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